quarta-feira, 6 de abril de 2011

Em sua estreia na TV, Mel Fronckowiak vive uma das protagonistas de "Rebelde"

Muitos atores passam por uma série de papéis na TV até conseguir um de destaque. Com Mel Fronckowiak foi diferente. Depois de fazer teatro amador e trabalhar como modelo, ela entrou para o elenco de "Rebelde", a primeira novela de sua carreira, interpretando Carla, uma das protagonistas da trama. "Tenho formação de teatro, é tudo novo para mim. É preciso deixar a interpretação sutil. O pequeno vira grande", filosofa. Nascida em Pelotas, no Rio Grande do Sul, a atriz teve de se submeter a testes para a personagem. Na época, Mel fazia muita publicidade em São Paulo, mas tinha um agente no Rio de Janeiro, que a indicou para alguns. "Fiz testes na Globo, fiz esse na Record e não saí mais", explica, empolgada. O processo foi longo. Cada etapa passava pela avaliação de jurados do Rio de Janeiro, de São Paulo e da Televisa, emissora de TV mexicana com a qual a Record produz, em parceria, a trama de Margareth Boury. "É uma grande responsabilidade fazer meu primeiro trabalho nesse projeto, onde tantas pessoas gostariam de estar. Mas me sinto preparada para isso", avalia.
Na história, Carla é a mais tímida do sexteto. Assim como cada um dos protagonistas possui uma temática central, o drama da personagem de Mel é sofrer de bulimia e anorexia. A menina, de 17 anos, é bolsista da fictícia escola Elite Way e é apaixonada por Tomás, de Chay Suede, um dos rebeldes. "É um outro tipo de mocinha, que tem problemas de aceitação com o corpo, com o meio social", analisa. Para entender melhor o universo do papel, Mel fez questão de se aprofundar na pesquisa sobre as doenças. Começou procurando informações na internet e descobriu todos os tipos de site, desde os que oferecem ajuda às pessoas que estão na mesma situação até os que incentivam a prática desses distúrbios. "Queria saber ao que os jovens têm acesso hoje em dia porque o mundo é virtual. Foi interessante entrar nos sites para eu perceber o pensamento dessas pessoas", avalia ela, que também foi em hospitais para ver de perto a situação de gente internada com bulimia ou anorexia.
O assunto é sério. Por isso mesmo, Mel não se preocupa em suavizar o drama de sua personagem. "As pessoas me perguntam: 'Por que você não deixa a Carla mais cômica para não pesar?'. Porque não é engraçado", justifica. Apesar disso, a atriz protagoniza momentos divertidos na pele da estudante. Ainda mais porque a personagem é uma adolescente e também vive coisas boas. E, os 23 anos de Mel não foram um empecilho para que ela desse vida a uma jovem de 17. "Já fui adolescente, é bom poder voltar a esse universo. Meu trabalho como atriz é esse: pegar uma realidade que não é minha e transformar", ressalta.       
Além da interpretação, Mel precisou desenvolver outras habilidades: cantar e dançar. Ela já havia feito parte de um coral e sempre teve a música presente em sua vida por conta dos pais, que tocam violão. Mas essa é a primeira vez que tem de desenvolver o canto no âmbito profissional. "Estamos tendo muitas aulas e agora estou entendendo e descobrindo minha voz", destaca. No outro quesito, a atriz não teve a menor dificuldade. Principalmente porque dança desde pequena. Ainda assim, ela e os outros cinco protagonistas --Micael Borges, Arthur Aguiar, Sophia Abrahão, Chay Suede e Lua Blanco-- tiveram uma intensa preparação durante três meses. "O mais bacana foi que uniu o grupo. Um cantava mais, o outro interpretava mais. A gente se igualou um pouco para conseguir se ajudar", conta. Mas tantas aulas não são à toa. A ideia é que o sexteto forme uma banda fora da ficção também. "Não estou conseguindo pensar nisso agora porque nossa ênfase é fazer a novela", desconversa.

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