Assim que estreou, Rebelde parecia uma novela perdida entre dois mundos que teimavam em não se encontrar. De um lado, conflitos adolescentes recheados de sequências de aventura e cenas românticas. De outro, atores experientes defendendo personagens adultos que pouco se justificavam na trama. Agora, depois de quase dois meses de exibição, o segundo fruto da parceria entre a Record e a Televisa parece ter se encontrado. E isso se reflete em sua audiência, que começou em nove pontos de média e já chegou aos dois dígitos esperados. Está praticamente estabilizada em 12 pontos, um número maior que a média geral de Ribeirão do Tempo, último folhetim da emissora no horário nobre, que fechou com 11 pontos.
O mérito começa pelo amadurecimento do elenco jovem. Vê-se que a longa preparação dos seis protagonistas funcionou. Atualmente, é difícil encontrar deslizes nas atuações que não sejam superados pelas características individuais de cada um deles. Lua Blanco e Arthur Aguiar, por exemplo, são os mais seguros. Na pele dos revoltados Roberta e Diego, ambos se mostram à vontade tanto nas cenas de briga quanto nos encontros musicais no porão. Sophia Abrahão e Micael Borges conseguiram encontrar a química que ficou ausente no primeiro casal concreto que se formou na trama. Sophia transformou a esnobe Alice em uma estudante sensível e disposta a assumir o amor pelo pobretão Pedro, de Micael. E ele, com exceção das sequências em que repete exaustivamente que Franco, de Luciano Szafir, foi o responsável pela morte de seu pai, encontrou o tom heroico que o personagem demanda.
Nem só de protagonistas vive uma boa novela. Mesmo quando estes estão em número abundante. Sylvio Meanda, intérprete do reclamão Pingo, já é uma grata surpresa no folhetim. O personagem é um dos mais carismáticos do núcleo adulto. Outros atores que circulam pelas cenas no fictício colégio Elite Way se destacam. Caso de Eduardo Pires, Lisandra Paredes e Cristina Mullins, por exemplo. Isso sem falar no estreante em novelas Bernardo Falcone. O ator convence facilmente como um adolescente de 17 anos, 10 a menos que sua idade real. E não demora muito, é provável que seja aproveitado também na banda, já que tem experiência com música. Inclusive na TV, no Disney Channel e no reality HSM - A Seleção, que definiu os protagonistas para a versão brasileira do filme High School Musical.
Mas há assuntos que, a julgar pelo que era prometido no lançamento da história, ficaram a desejar. A discussão sobre anorexia e bulimia não é novidade, mas tinha tudo para emplacar. Só que o drama vivido pela exuberante Carla, de Mel Fronckowiak, se transformou quase em uma piada dos amigos, que já chegaram a rir ao ouvir que ela estava sem fome. O mesmo acontece com a obesidade do cômico Pingo. O personagem aparece quase sempre esfomeado ou comendo. E pouco se fala sobre seu excesso de peso. O alcoolismo na adolescência até chegou a ser discutido. Mas um debate bem aquém do que um tema tão sério quanto esse merece. Margareth Boury tem bons temas para discussões e espaço para desenvolvê-los. Mesmo diante das rígidas regras de classificação indicativa, é possível abordar causas, consequências e meios de combate e prevenção de distúrbios como esses. E o principal: sem didatismos cansativos.
O mérito começa pelo amadurecimento do elenco jovem. Vê-se que a longa preparação dos seis protagonistas funcionou. Atualmente, é difícil encontrar deslizes nas atuações que não sejam superados pelas características individuais de cada um deles. Lua Blanco e Arthur Aguiar, por exemplo, são os mais seguros. Na pele dos revoltados Roberta e Diego, ambos se mostram à vontade tanto nas cenas de briga quanto nos encontros musicais no porão. Sophia Abrahão e Micael Borges conseguiram encontrar a química que ficou ausente no primeiro casal concreto que se formou na trama. Sophia transformou a esnobe Alice em uma estudante sensível e disposta a assumir o amor pelo pobretão Pedro, de Micael. E ele, com exceção das sequências em que repete exaustivamente que Franco, de Luciano Szafir, foi o responsável pela morte de seu pai, encontrou o tom heroico que o personagem demanda.
Nem só de protagonistas vive uma boa novela. Mesmo quando estes estão em número abundante. Sylvio Meanda, intérprete do reclamão Pingo, já é uma grata surpresa no folhetim. O personagem é um dos mais carismáticos do núcleo adulto. Outros atores que circulam pelas cenas no fictício colégio Elite Way se destacam. Caso de Eduardo Pires, Lisandra Paredes e Cristina Mullins, por exemplo. Isso sem falar no estreante em novelas Bernardo Falcone. O ator convence facilmente como um adolescente de 17 anos, 10 a menos que sua idade real. E não demora muito, é provável que seja aproveitado também na banda, já que tem experiência com música. Inclusive na TV, no Disney Channel e no reality HSM - A Seleção, que definiu os protagonistas para a versão brasileira do filme High School Musical.
Mas há assuntos que, a julgar pelo que era prometido no lançamento da história, ficaram a desejar. A discussão sobre anorexia e bulimia não é novidade, mas tinha tudo para emplacar. Só que o drama vivido pela exuberante Carla, de Mel Fronckowiak, se transformou quase em uma piada dos amigos, que já chegaram a rir ao ouvir que ela estava sem fome. O mesmo acontece com a obesidade do cômico Pingo. O personagem aparece quase sempre esfomeado ou comendo. E pouco se fala sobre seu excesso de peso. O alcoolismo na adolescência até chegou a ser discutido. Mas um debate bem aquém do que um tema tão sério quanto esse merece. Margareth Boury tem bons temas para discussões e espaço para desenvolvê-los. Mesmo diante das rígidas regras de classificação indicativa, é possível abordar causas, consequências e meios de combate e prevenção de distúrbios como esses. E o principal: sem didatismos cansativos.
Adoro as fardas da Alice, da Carla e da Roberta são muito lindas!!
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