sábado, 14 de maio de 2011

Crítica: Acerto segmentado

Acerto segmentado
Assim que estreou, Rebelde parecia uma novela perdida entre dois mundos que teimavam em não se encontrar. De um lado, conflitos adolescentes recheados de sequências de aventura e cenas românticas. De outro, atores experientes defendendo personagens adultos que pouco se justificavam na trama. Agora, após quase dois meses de exibição, o segundo fruto da parceria entre a Record e a Televisa parece ter se encontrado. E isso se reflete na audiência, que começou em nove pontos de média e já chegou aos dois dígitos esperados. Está praticamente estabilizada em 12 pontos, de segunda a sexta, às 19 horas.
O mérito começa pelo amadurecimento do elenco jovem. Vê-se que a longa preparação dos seis protagonistas funcionou. Hoje, é difícil encontrar deslizes nas atuações que não sejam superados pelas características individuais de cada um deles. Lua Blanco e Arthur Aguiar, por exemplo, são os mais seguros. Na pele dos revoltados Roberta e Diego, ambos se mostram à vontade tanto nas cenas de briga quanto nos encontros musicais no porão.
Sophia Abrahão e Micael Borges conseguiram encontrar a química que ficou ausente no primeiro casal concreto formado na trama. Sophia tornou a esnobe Alice uma estudante sensível e disposta a assumir o amor pelo pobretão Pedro, de Micael. E ele, com exceção das sequências em que repete exaustivamente que Franco (Luciano Szafir) foi o responsável pela morte de seu pai, achou o tom heroico que o personagem demanda.

No rastro do riso
O poder de sedução é a arma de Débora, em Rebelde, personagem de Lisandra Parede na trama da Record. Ela vive um personagem cômico que terá outras nuances ao longo da história. “Inicialmente ela é vulgar, porque paquera vários homens. O que importa é que eles sejam ricos”, explica Lisandra.
Para compor a personagem ambiciosa, a atriz está lendo o livro Alpinista Social, de Janey Wicox. A história é sobre uma mulher que anseia alcançar status social, assim como Débora, se relacionando com pessoas influentes e frequentando lugares sofisticados. “Me inspirei nessas pessoas que encontramos ao longo da vida. Pessoas ambiciosas que querem aparecer.”

O terror do Cupido
Rayana Carvalho tem uma personalidade tranquila e bem ponderada. Muito diferente da sua personagem maquiavélica em Rebelde. No folhetim, a pernambucana de 24 anos interpreta Pilar, uma “aborrecente” que adora atrapalhar a vida dos seis protagonistas. “Ela é do contra e não suporta ver a felicidade alheia. É muito carente e acaba fazendo maldades quando não consegue se incluir nos grupos, o que é inimaginável para uma patricinha que se acha tanto”, explica a atriz. Para dar veracidade às vilanias cometidas por sua personagem, Rayana se lembrou de antigas colegas de classe, que gastavam a maior parte do dia fazendo fofocas e arquitetando planos para separar casais.

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