Vicente começa a recitar um poema para a turma nesta quinata (8): Se és capaz de manter a tua calma quando
Todo o mundo ao teu redor já a perdeu e te culpa;
De crer em ti quando estão todos duvidando,
E para esses no entanto achar uma desculpa;
Alice continuou:
Se és capaz de esperar sem te desesperares,
Ou, enganado, não mentir ao mentiroso,
Pilar recitou o trecho:
Ou, sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares,
E não parecer bom demais, nem pretensioso;
Téo continuou:
Se és capaz de pensar --sem que a isso só te atires,
De sonhar --sem fazer dos sonhos teus senhores.
João continuou: Se és capaz de arriscar numa única parada
Tudo quanto ganhaste em toda a tua vida
Vitória recitou a parte: E perder e, ao perder, sem nunca dizer nada,
Resignado, tornar ao ponto de partida;
Carla continuou:
De forçar coração, nervos, músculos, tudo
A dar seja o que for que neles ainda existe,
Diego prendeu a atenção da turma:
E a persistir assim quando, exaustos, contudo
Resta a vontade em ti que ainda ordena: "Persiste!";
Binho soltou o verbo:
Se és capaz de, entre a plebe, não te corromperes
E, entre reis, não perder a naturalidade,
Pedro fala mais um trecho:
E de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes,
Se a todos podes ser de alguma utilidade,
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