Nada funciona melhor do que buscar inspiração diretamente na fonte. A autora Margareth Boury usa as redes sociais e seus sobrinhos para criar as histórias de “Rebelde”, novela teen da Record. “Eles me contam sobre gírias modernas, o que é mico, o que deixa de ser mico”, diz. O programa tem conseguido um ibope por volta dos 10 pontos e, com isso, migrou para a faixa das 20h30, na qual manteve a boa marca. A dramaturga de 54 anos se diz viciada em séries, mas não gostou de “Glee”, que, como “Rebelde”, põe os atores para cantar nos episódios. “Prefiro tirar as minhas ideias do que vejo na vida. Nisso o pessoal do Twitter me ajuda muito. Eles são atentos, pedem, converso direto com eles. Aí o material fica mais real, mais brasileiro.” A atriz Lua Blanco, que vive a adolescente Roberta na trama, diz que “os fãs enchem no Twitter” para o casal formado por ela e Diego (Arthur Aguiar) ficar junto. “Os fãs mandam na novela. Algumas coisas não podem ser feitas sem eles se revoltarem.” “Hoje os jovens têm acesso rápido a tudo por causa de internet, celulares, tablets. Com isso ficam mais vulneráveis ainda: muita informação e pouca experiência para assimilar”, afirma Boury. “Rebelde” é um remake de uma novela mexicana, que foi ao ar no SBT de 2005 a 2006, com a mesma média de 10 pontos de audiência. A trama rendeu, no México e agora na versão atual, uma banda, que em outubro deve começar a excursionar com um disco pelo Brasil. Para o futuro da trama, a autora promete separar todos os casais, uma volta de férias “bem atribulada” e um possível fim para a banda, apenas na novela, claro. Fora dela o marketing segue forte. Desde pequena, Lua Blanco cantava em casa. E achava normal, já que seus pais incentivavam o ambiente artístico entre os seis filhos. Hoje, aos 24 anos, nem se lembra de quando começou na música. Mas, após algumas participações na Globo, considera que a estudante Roberta, de “Rebelde”, é seu primeiro papel na TV. Para entrar na novela, fez testes, mas sem focar em nenhuma personagem. “Depois acharam que a minha personalidade tinha a ver com a da Roberta. Acho que temos o mesmo temperamento forte”, diz, num rápido intervalo entre as gravações diárias, nos estúdios da Record, no Rio. Neta do músico Billy Blanco, cantar veio do berço. Seu pai a iniciou no som dos anos 1960 e 1970. “Em casa, era muito Beatles e bossa nova.” Foi na banda Lágrima Flor, formada com colegas da PUC - Rio em 2006, que ela descobriu do que realmente gostava. Uma mistura de pop rock com folk influencia a música do grupo. “Ouço Paramore, Avril Lavigne e The Corrs.” Os vocais ganharam companhia em 2009, com a atuação no musical “O Despertar da Primavera”, de Charles Möeller e Claudio Botelho.
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